Dez anos de política industrial do Complexo Industrial da Saúde

A terceira edição do CIMES (Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde) reuniu indústria, governo e academia para debater o aprimoramento das políticas públicas da saúde nos dias 15 e 16 de abril de 2014, em São Paulo. O evento teve como tema central a continuidade da política industrial da saúde de estímulo ao investimento em desenvolvimento tecnológico e inovação nas indústrias brasileiras.

Apesar dos diversos programas terem marcado positivamente o cenário político e econômico da produção em saúde ao longo da década, muitas questões ainda impediam o desenvolvimento satisfatório do setor. Assim, com o objetivo de tornar esse cenário mais favorável à inovação, o evento trouxe debates com foco no fortalecimento da cadeia produtiva para promover a transformação das políticas públicas do CIS em uma política de Estado.

No âmbito das políticas de fomento à inovação, o 3º CIMES avaliou a trajetória, os avanços e as dificuldades da política industrial do CIS para propor melhorias que possam acelerar a elevação da competitividade da indústria nacional. O evento também debateu os gargalos da articulação entre indústria e universidade com a participação dos ICTs (Institutos de Ciência e Tecnologia), falando sobre as principais dificuldades e sugerindo novos caminhos para facilitar a aproximação de ambos.

Entre os assuntos em destaque, o congresso apresentou as principais demandas da saúde nos próximos anos e debateu como aproveitar as oportunidades de mercado que o setor de dispositivos médicos tem. Abordou, ainda, os gargalos do processo regulatório que atrapalham diretamente a competitividade do setor.

Além disso, o 3º CIMES foi marcado pela presença de um dos pioneiros no campo da engenharia biomédica: John Webster, professor emérito de Engenharia Biomédica da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos. O professor esteve no Brasil exclusivamente para participar do congresso, onde falou sobre sua experiência no desenvolvimento de projetos inovadores e a necessidade de mais programas que estimulem a inovação no país.

A edição foi uma realização da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) e da Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica).